Machine learning, chatbots, inteligência artificial, entre outras. Definitivamente esse ano estamos sendo massacrados por palavras relacionadas à tecnologia. Mas hoje quero falar de um termo que está na boca do povo. O tão famoso Big Data, para mostrar que, na verdade, não estamos falando de nenhuma novidade.
E se eu te contar que o conceito Big Data e a utilização de armazenamento de dados em grande escala, sendo estruturados ou não, vem lá do ano 2000 e foi criado por um analista chamado Doug Laney?!
Acredite, são quase duas décadas de vida desde que Laney articulou este grande volume de dados em três V’s:
- Velocidade: dados coletados em velocidade astronômica, com gadgets que facilitam a coleta em tempo real.
- Volume: dados coletados em grande quantidade e o maior número de fontes possíveis. Local para armazenar estes dados já não é problema com a tecnologia.
- Variedade: coleta de vários tipos e formatos, estruturados ou não, email vídeo, áudio, números, contas bancárias, enfim, muita informação.
Mas de lá para cá algumas coisas mudaram e hoje já temos mais dois V’s que fazem muita diferença no esquema apresentado em 2000:
- Veracidade: com a grande coleta de dados capturados, a veracidade deve ser levada em consideração, devido a grande quantidade de informações falsas. Através do próprio Big Data é possível comprovar se as informações são verdadeiras.
- Valor: este, na minha opinião, é o V mais importante, porque do que adianta esta grande coleta de dados e informações se não converter em valor para sua empresa?
Em alguns casos a utilização de Big Data foi responsável por alterar resultados, um dos mais recentes tem a ver com as eleições norte-americanas. A empresa Cambridge Analytica foi contratada por Trump para fazer toda a parte digital do marketing de campanha.
Se você quer entender melhor a influência que isso provocou nas eleições é só dar um Google com as palavras “Big Data eleições Trump” para encontrar mais detalhes desse caso emblemático.
Agora vou trazer um exemplo bem próximo da nossa rotina. Sabe aquele app da Nike que monitora, traz os feedbacks das suas corridas, tem integração com as redes sociais e é muito legal porque você e seus amigos podem competir para ver quem corre mais por semana, faz o percurso em menor tempo e por aí vai?!?
Este aplicativo foi criado em parceria com uma empresa de tecnologia com um único objetivo: coletar o máximo de dados sobre os corredores. Assim a Nike pode entender melhor o perfil deste público e auxiliar no desenvolvimento de novos tênis e produtos da linha running.
Agora quero falar como o Big Data vai impactar na maneira das empresas se comunicarem com seu público. Só para começar, neste ano a Adidas anunciou que reverteu toda a sua verba de mídia somente para o digital, o que é uma tendência mundial.
No Brasil já acompanhamos algumas marcas diminuindo seu budget em mídias tradicionais para investir mais em digital. Também empresas de comunicação que se remodelaram para focar seu know how na parte estratégica com metodologias de Big Data para gerar mais resultados.
Com todos os subsídios que o Big Data fornece, é claramente possível traçar um perfil mais assertivo de seus consumidores. Entender o sentimento do seu público e saber as reais necessidades de cada persona para criar produtos e serviços. Além disso pode impactar através de uma mídia digital com uma campanha de micro segmentação, entre outras possibilidades.
Através do Social Big Data, que é o termo usado para trazer ao contexto social os dados que são extraídos e interpretados, são traçados insights assertivos para departamentos como marketing, desenvolvimento de produto, entre outros.
Atualmente poucas empresas possuem capital financeiro para implementar um setor de BI (Business Inteligence). Porém com o auxílio de parceiros estratégicos, este cenário se torna tangível a empresas, independente do porte. Elas só precisam estar dispostas a entenderem e apostarem nesta nova forma de criar estratégias.
Sem dúvidas, este mercado está cada vez mais acessível. Em pouco tempo veremos o impacto nos resultados de marcas que já estão utilizando Big Data para se comunicar com o seu público.
E você, comenta aí, vale tudo pela informação?