O Appétit é um aplicativo de delivery para comprar comida que sempre vai te devolver dinheiro, em todos os pedidos. Isso graças ao modelo de negócio, que mistura cashback e programa de afiliados. 

A ideia surgiu em uma conversa entre os sócios da Rhede Sistemas, uma empresa de software tradicional com 25 anos de existência. 

Roberto Carpes, Juliano Matias e Roberto Fantin decidiram ouvir a sugestão de um cliente e investir em um mercado desconhecido para eles. Entre mais acertos que erros e inúmeros aprendizados, nasceu o Appétit, oficialmente lançado em janeiro de 2019.

Mas até 2015, a Rhede não atendia o segmento de restaurantes. 

A partir desse ano, com a entrada dos restaurantes na parte de Nota Fiscal Eletrônica, a empresa chegou a descartar dez restaurantes quando decidiu incorporar em seu menu uma solução que atendesse às demandas do ramo. 

Juliano Matias, CEO do Appétit, conta que ao conversar com esses clientes encontrou requisitos em comum e, com base neles, desenvolveram um módulo específico para restaurantes, mas produzindo o mínimo possível. 

Com algumas funcionalidades criadas em não mais do que 200 horas de desenvolvimento, a Rhede conquistou seus 30 primeiros clientes. O produto seguiu em aperfeiçoamento e o segmento se tornou um cliente oficial da empresa de software. 

Desde então ficou mais fácil compreender as deficiências do produto e outras dores do segmento. Entre as ideias, algumas não deram certo até nascer a spin off da Rhede, que em sua primeira versão era um aplicativo de delivery para clientes que usavam o sistema de gestão. 

Segundo Juliano, o time gastou muitas horas, trabalhou meses e às vésperas do lançamento percebeu que o foco era um universo muito pequeno. E sem muita cerimônia, a ideia foi abortada.

Já era fim de 2017 quando os sócios decidiram mudar o foco e iniciaram o desenvolvimento de um aplicativo com a intenção de se reinventar e, efetivamente, ser uma empresa inovadora. 

Desapegamos da ideia em si para explorar hipóteses, testar tecnologias e novas metodologias de desenvolvimento, principalmente ágeis e bastante diferentes do que uma empresa tradicional de software estava acostumada a fazer.

Juliano Matias
CEO do Appétit

E nesse clima nasceu o Appétit, que foi lançado um ano depois após ter rodado durante dois meses com menos de dez restaurantes parceiros. Outro erro, de acordo com Juliano. 

Isso porque o usuário baixava o aplicativo, testava uma vez e nunca mais comprava porque não tinha tantas opções de fornecedores. 

Chegamos num dilema: não oferecíamos nada diferente, nem para o usuário, nem para restaurante. Cobrar um valor menor que concorrentes por cada venda efetuada pelo app não era suficiente. Começamos a ficar incomodados por não entregar nada relevante.

Na busca por esse diferencial, o insight surgiu durante a leitura do livro Traction, de Gabriel Weinberg e Justin Mare, que explora 19 canais de venda para startups. 

Dois pontos chamaram a atenção do Juliano:

  1. Programa de afiliados
  2. Desenvolvimento de negócios

Ainda assim para o usuário tinha que existir um benefício mais imediato.

E foi no cashback, que ainda estava começando no Brasil, que a solução encontrou seu diferencial. 

Foram outros dois meses de desenvolvimento, com lançamento em janeiro de 2019.

Na primeira semana de lançamento as vendas ultrapassaram tudo o que havia sido vendido nos dois meses anteriores. 

A startup também teve um boom de usuários, com cerca de 4.000 downloads em 30 dias, após meses sem atingir sequer 1.000 downloads. 

O Appétit engrenou e desde então o time trabalha para lapidar o modelo de negócio mais viável. O aprendizado em Cascavel serviu de base para planejar meticulosamente o lançamento em Toledo.

Entre as ações, Juliano considera duas principais:

  • O app não foi liberado antes de ter um número mínimo de restaurantes na base.
  • A startup mapeou quantos deliverys existem na cidade, que estabelecimentos estavam em outros aplicativos e quais eram. 

Com essas informações em mãos, o Appétit foi lançado em Toledo com uma campanha de uma semana de cashback. Ou seja, quem fizesse pedidos recebia de volta, em crédito no app, de 10% até 50% do valor do pedido, conforme o dia da compra.

Essa ação agora integra a semana de lançamento do Appétit, pois se tornou uma estratégia agressiva para atrair novos usuários com rapidez e injetar um volume maior de grana no mercado.

Segundo Juliano, o resultado foi absurdo, no bom sentido. O maior pico de vendas no app até hoje foi atingido na semana de lançamento do Appétit em Toledo.

Enquanto investimos R$ 1 em Cascavel para cada resultado, Toledo dá o mesmo retorno com R$ 0,20 de investimento.

Mais recentemente Umuarama e Guarapuava também integraram o Appétit. E dois vendedores externos atuam focados na abertura de novas cidades. 

A meta é chegar em 20 cidades até o final de 2019, principalmente no Paraná, mas também nos estados de São Paulo e Santa Catarina.

Appétit em números

+ 30.000

usuários

+ 3.500

pedidos por mês

5

cidades atendidas

+ 400

estabelecimentos
cadastrados

+ R$ 200 mil

de cashback
gerado até agora

+ R$ 150 mil

de cashback
utilizado pelos usuários

Por que Appétit e não iFood ou iFome?

Para o usuário final, o grande diferencial, de acordo com Juliano, fica por conta do método de vendas do Appétit.

Além de devolver em crédito no app em cada pedido efetuado (cashback), o usuário também pode ganhar dinheiro atraindo novos usuários (afiliados).

E ao contrário de apps nacionais, o Appétit leva em consideração as características do público de cada cidade, permitindo a personalização de estratégias mais assertivas para atingir e converter clientes. 

Em Umuarama, por exemplo, a divulgação do app por meio de influenciadores digitais se mostrou uma ação interessante de marketing. Em uma semana um perfil bastante seguido na cidade trouxe 350 novos usuários com mais de R$ 1.000 de receita de afiliações.

Enquanto um usuário comum tem até 30 afiliados, um usuário influenciador possui até 500 afiliados. Juliano revela que alguns deles, por conta do grande volume de afiliados, conseguem fazer seus pedidos de graça pelo Appétit.

A cultura local influencia muito na expansão do Appétit. Enquanto em uma cidade o vendedor traz um restaurante para o app na primeira e única visita, em outra precisa de até três visitas para fechar a negociação. Em cada cidade aprendemos um pouco mais, validamos novas hipóteses e melhoramos a solução.

Em sete meses de operação, o faturamento do Appétit já corresponde a quase 10% do faturamento da Rhede Sistemas, uma empresa com 25 anos. 

Para o CEO, a curva de crescimento se mostra bem interessante, principalmente porque a startup conta com uma equipe totalmente enxuta. São três desenvolvedores, um profissional de marketing, um designer, um profissional para o cadastro de vendedores e dois vendedores externos. 

Para quem pensa que foi fácil montar esse time, uma vez que o Appétit surgiu dentro de uma fábrica de software, se engana. Nenhum integrante da equipe veio da Rhede ou se divide entre as tarefas. Um deles, que iniciou como freelancer, já é 100% exclusivo.

Transformando problemas em oportunidades

Lá no início, quando a Rhede desenvolveu o módulo para atender o segmento de restaurantes, a plataforma para gestão das entregas que havia sido criada foi remodelada para resolver um gap do Appétit: o baixo volume de entregas em determinados dias ou horas da semana. 

Para conquistar a fidelidade desses profissionais fundamentais para o funcionamento da startup, agora qualquer empresa pode acionar os motoboys do app para outros serviços. 

Um escritório de contabilidade, por exemplo, que precisa entregar um documento para um cliente, pode encontrar um motoboy pela plataforma do Appétit. 

Se o motoboy baixar o aplicativo do Appétit e não tiver muitas corridas, ele desiste e não utiliza mais. Assim geramos demanda para o motoboy, que fica satisfeito com mais corridas e a gente tem cada vez mais profissionais disponíveis para o delivery.

Juliano conta que esse não foi um processo simples, por questões legais, mas agora essa relação é embasada e norteada por contrato com direito a seguro aos motoboys que integram utilizam o aplicativo.

Inovação corporativa: a tendência do futuro

Foi um desafio desenvolver uma startup em uma empresa tradicional. Juliano conta que o conceito de MVP (Minimum Viable Product) é conhecido dentro da Rhede há pelo menos dez anos, mas o significado só fez sentido quando a equipe começou a executar projetos que até então só existiam no papel.

Descubra os 4 motivos para criar um MVP antes de lançar sua startup

E parte da essência de um bom empreendedor tem a ver com deixar com que equipe teste e erre. Por isso ao startar esse projeto, o propósito foi deixar a equipe um pouco mais livre para trabalhar.

Se fosse há 10 anos iríamos executar do jeito que a gente sabe fazer, usando a mesma forma com prazo de três meses para ficar pronto. Mas decidimos construir algo do zero, aproveitando as melhores práticas e não se preocupando só com custo.

Juliano não hesita em afirmar que um projeto assim custa mais para a empresa, por exigir um time focado, estudando para trazer novos conceitos de desenvolvimento. Mas, para ele, essa é uma tendência do futuro que garante a sustentação de um negócio criado com o propósito de ser essencialmente inovador.

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Equipe do Appétit - Delivery de comida com cashback
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