A cada nova rede social lançada, as mesmas dúvidas, comportamentos, questionamentos e padrões se repetem – para as pessoas e para as empresas. E com o Clubhouse não foi diferente.

O Clubhouse surgiu como uma rede social de áudios, onde os usuários podem selecionar salas temáticas para serem ouvintes, nas quais outros usuários, os speakers, estão falando sobre determinado tema.

Mas por que tanta atenção em volta de um formato tão semelhante ao que já experienciamos com os TEDx, podcasts, grupos de Telegram, etc?

É por estarmos tão acostumados com esse formato que faz todo sentido e o momento não poderia ser melhor.

Mas essa não é a questão principal deste artigo!

Voltemos à rede social. 

– Poxa, mais uma?disseram os diretores de empresa, equipes de marketing, profissionais autônomos e os empreendedores que finalmente aprenderam a usar o Reels do Instagram.

E por falar nele, assim como foi no lançamento do Instagram, para entrar no Clubhouse é necessário ter um aparelho iOS.

E assim como foi a estratégia do Orkut e do Gmail há anos atrás, é preciso receber um convite de um usuário que já está na rede para, enfim, poder acessar o Clubhouse.

Muito exclusivo, não é? 

Por ora e para os usuários imediatistas que adoram fazer parte de toda rede social assim que ela ganha certa popularidade, sim! Mesmo que daqui algum tempo o necessário seja apenas cadastrar uma conta e fazer login, como o Facebook.

E o Clubhouse sabe disso. 

A exclusividade é uma forma de manter as pessoas interessadas. Como bons mamíferos, temos necessidade de estar em bando, socializando, o que atualmente significa estar conectado.

Mas este tempo de espera também tem seus benefícios, sobretudo para as empresas que vivem de forma bem diferente dos usuários o lançamento e popularização de uma nova rede social.

Enquanto os usuários estão experimentando e entendendo o objetivo da plataforma, as empresas precisam entender essa e todas as novidades com um olhar mais estratégico:

  • Qual o objetivo dessa plataforma e quais pessoas estão participando ativamente?
  • Como a minha empresa vai se inserir dentro dessa nova comunidade?
  • E provavelmente a mais importante das perguntas: minha empresa precisa estar em toda nova rede social?

E a resposta não poderia ser mais óbvia: depende!

É claro que ‘depende’ não ajuda em nada na estratégia de marketing de ninguém, mas voltar alguns anos e entender a evolução das redes sociais, quando cada uma foi lançada, quando elas tiveram o pico e queda no número de usuários, e enfim estabeleceram um equilíbrio, pode auxiliar.

Preparamos um infográfico que mostra como foi a ascensão das principais redes sociais criadas, do anonimato ao viral, de acordo com o volume de buscas no Google.

O ano em que cada rede social atingiu  o pico de buscas no Google.

A história nos ensina que estar nas redes sociais é fundamental para todas as marcas. Mas é possível tirar insights ainda mais valiosos observando o infográfico:

Assim que uma rede social é lançada existe um tempo de adaptação e também um tempo para que os usuários e a plataforma, juntos, ganhem maturidade.

Através dos anos, a história das redes sociais mostra também que conhecer o próprio público, estar disposto a aprender e melhorar são as três coisas mais importantes trazidas pelas redes sociais.

É a partir disso que as empresas vão saber identificar, pelo motivo certo, quando chegou o momento de entrar numa nova rede social.

E isso não significa deixar as outras redes para trás. Afinal, cerca de 1 bilhão de usuários do Facebook passam 405 minutos por mês acompanhando seus perfis.

É tempo para caramba para se comunicar, atrair e engajar os consumidores.

Nenhuma empresa vai ou deve deixar de estar presente numa rede social onde as pessoas passam tantos minutos somente porque uma nova rede foi lançada e está se tornando popular entre os usuários.

Mas é possível não estar presente no Facebook ou no Clubhouse por estratégia, porque faz sentido para seus clientes estar em outra plataforma, e por consequência, faz sentido para sua marca também. Porque rede social X ou Y, no momento, é o melhor canal para se relacionar com seu público.

Mas amanhã pode ser outra.

No final das contas, escutar e entender o seu público sempre será o principal norte para identificar quando é a hora de se fazer presente na nova rede social da vez.

Clubhouse
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