Inovação disruptiva é um termo popularizado por Clayton Christensen em seu livro icônico: The Innovator’s Dilemma, publicado em 1997. Considerado o pai da teoria da disrupção, ele explica porque a Netflix é o exemplo perfeito de disrupção e o Uber não.

Resolvemos falar do assunto e entender o que a inovação disruptiva reserva para o futuro. Aproveite pra entender melhor esse conceito, polemizar, compartilhar e escolher um modelo de negócio disruptivo para colocar em prática ideias inovadoras!

A expressão inovação disruptiva descreve uma maneira específica para as empresas menores superarem e eventualmente “destruírem” seus grandes rivais. E tornou-se uma obsessão para os empresários, particularmente no Vale do Silício.

Mas o professor da Harvard Business School diz que a forma como suas teorias são lançadas na indústria de tecnologia é, muitas vezes, simplesmente errada. Pra explicar melhor, Christensen aponta duas grandes empresas de tecnologia.

Uma que é disruptiva [Netflix] e uma que não é [Uber] 😵

É isso mesmo produção?! É isso aê 👍🏽

Vejamos primeiro a Netflix pra entender o que o pai da inovação disruptiva está falando.

A principal razão pela qual a Netflix é disruptiva é que, quando lançou seu serviço de inscrição por e-mail, não perseguiu os principais clientes de concorrentes como o Blockbuster. Esses clientes alugaram novos lançamentos on-demand, duas coisas que a Netflix originalmente não forneceu.

Christensen alega que, inicialmente, a Netflix só apelou pra alguns grupos de clientes: “amantes de filmes que não se importaram com os novos lançamentos, usuários precoces de DVD players e compradores online”.

Para Christensen, esta é uma característica da inovação disruptiva. Uma empresa disruptiva almeja segmentos da população que foram ignorados por seus concorrentes, oferecendo uma alternativa inferior (mas mais personalizada), muitas vezes a um preço mais baixo.

Então, eventualmente, uma empresa disruptiva como a Netflix ganha espaço no mercado. Ela mantém as vantagens que teve no início e adiciona as coisas que os clientes preferenciais querem. De repente, não há motivo pra ter o Blockbuster existir.

No caso da Netflix, a enorme mudança ocorreu com a chegada do streaming. A Netflix foi capaz de atrair o principal público do Blockbuster, fornecendo “uma seleção mais ampla de conteúdo com uma abordagem de você-pode-assistir-tudo, sob demanda, baixo preço, de alta qualidade e altamente conveniente”.

E assim, o Blockbuster entrou em colapso.

A razão pela qual as empresas disruptivas muitas vezes são capazes de aumentar tão rapidamente é que seus maiores concorrentes estão negligenciando a existência deles. Eles não estão competindo inicialmente pelos mesmos clientes, então os descartam como concorrentes e, no caso do Blockbuster, até se recusam a adquiri-las por, apenas, US$ 50 milhões.

Mas nem todas as empresas inovadoras são disruptivas, de acordo com Christensen.

É aí que entra o Uber.

Quando surgiu, o Uber não seguiu segmentos de população ignorados ou forneceu uma alternativa mais barata aos táxis. Uber lançou um sistema de táxi mais conveniente usando o smartphone, competindo diretamente com as companhias de táxis desde o início.

Enquanto Uber agora atende pessoas que vivem em áreas muitas vezes negligenciadas pelos táxis, o negócio migrou para além do mercado de luxo. O oposto de uma empresa disruptiva como a Netflix.

Uber é inovador, claro, mas não disruptivo na essência do termo popularizado por seu pai.

* Créditos: Business Insider
* Clique aqui e confira o post original em inglês

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