Em um e-mail enviado aos colaboradores, o fundador do Uber, Kalanick não especificou data, no entanto afirmou que sua saída tem a ver com fazer um “upgrade”:
Para que o Uber 2.0 vingue, nada é mais importante para mim do que dedicar meu tempo para montar uma equipe de liderança. Mas se vamos trabalhar no Uber 2.0, eu preciso também cuidar do Travis 2.0.
O Uber opera em 662 cidades no mundo, incluindo o Brasil, e seu valuation ultrapassa a casa dos US$ 232 bilhões, o equivalente a mais de R$ 765 bilhões 😮😮😮
A decisão ocorreu após uma auditoria sobre as práticas gerenciais da empresa ter recomendado a demissão de dezenas de pessoas.
Escândalos apontam o Uber, neste caso o seu líder despojado e politicamente incorreto, Kalanick, em acusações de sexismo e assédio sexual, inclusive por integrantes da diretoria.
Os principais escândalos de Kalanick
1 – Delivery de mulheres
Não é de hoje que o bilionário do Uber recebe críticas por seu comportamento machista. Uma piada de mau gosto durante uma entrevista, ainda em 2014, causou a maior polêmica quando Kalanick sugeriu que pretendia criar um delivery de mulheres (isso mesmo!) por conta da sua popularidade com o público feminino. Neste ano o post de uma ex-engenheira do Uber viralizou e obrigou Kalanick a pedir uma investigação sobre as denúncias de sexismo na empresa.
2 – 200 queixas de bullying
O pedido de afastamento de Kalanick culminou com a demissão de mais de 20 funcionários como resultado de uma análise de mais de 200 queixas encaminhadas ao departamento de recursos humanos da empresa relatando bullying e assédio moral.
3 – Coleta ilegal de dados
Também neste ano vazou para a imprensa norte-americana que a empresa estaria usando um programa de computador para identificar possíveis inspeções em regiões em que o aplicativo ainda não era permitido e, com isso, impedir que inspetores conseguissem carros. Outra notícia que tomou proporções gigantes foi a ameaça da Apple de banir o Uber de sua loja de aplicativos ao descobrir que a empresa estava coletando números de série de iPhones de usuários para rastrear suas atividades.
4 – Roubo de tecnologia
Uma holding do Google acusou Kalanick de usar tecnologia roubada da Waymo, empresa que desenvolve carros sem motorista.
5 – Aumentos abusivos
A política de preços do Uber também é alvo de reclamações constantes dos usuários. Aumento de preço das corridas em horários de maior demanda, inclusive em tragédias ambientais ou logo após atentados.
6 – Violência sexual
O Uber enfrenta críticas que sugerem falta de rigor na checagem de antecedentes criminais de seus condutores. A empresa não confere, por exemplo, impressões digitais dos condutores americanos, algo exigido de todas as profissões que envolvam certo risco ao público. O ponto alto foi a revelação de que executivos da empresa tiveram acesso, de forma ilegal, à ficha médica de uma indiana vítima de estupro por um motorista na Índia, em 2014. O Uber justificou o ato dizendo que acreditava se tratar de “armação” de uma empresa rival.
E aí, o que que você acha disso tudo?