Nos potes de bilhões de dólares encontrados no fim de cada arco-íris, uma empresa brasileira passa a figurar entre os unicórnios: é o estúdio de games para celular Wildlife, que acaba de ser avaliado em US$ 1,3 bilhão.
Sem saber, você pode estar dentro da fatia considerável de mais de 1 bilhão de pessoas que já jogaram os games criados pelos irmãos Victor e Arthur Lazare: são eles o Sniper 3D, lançado em 2013 e que todo ano bate recorde de usuários; o Tennis Clash, no mercado há longos sete anos; e o Bike Race, o mais recente lançamento, com apenas dois meses, mas que já ocupa lugar entre os 10 jogos mais baixados em mais de 100 países.
Mas de onde eles surgiram?
Até agosto a Wildlife atendia pela alcunha de TFG (Top Free Games), figurando entre as dez maiores empresas de games do mundo, com mais de 500 funcionários. E até o aporte mais recente, de US$ 60 milhões, numa rodada liderada pelo Benchmark, a empresa tinha apenas um sócio.
Os irmãos dividem as atividades no comando da empresa em dois países.
Victor Lazarte, 33 anos, mora na Califórnia, onde cuida das decisões de negócios e da expansão global da empresa. Em São Paulo, Arthur Lazarte, 35 anos, é responsável pelas decisões criativas e de produtos.
Assim como a maioria das empresas de games, a Wildlife funciona no modelo freemium, com jogos gratuitos nos quais o usuário paga apenas se quiser acelerar sua evolução no jogo.
O mercado de jogos para celular movimenta cerca de US$ 80 bilhões por ano, e apesar de não divulgar o faturamento, a Wildlife registra crescimento de 80% por ano nos últimos cinco anos.
Além de desenvolver jogos, a companhia é também publisher dos próprios jogos, ou seja, são eles que levam os jogos para as apps stores e criam estratégias para aumentar a monetização.
A empresa estuda se tornar publishers de jogos de terceiros.
Créditos: Divulgação/LinkedIn Wildlife